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Nota Oficial
14/03/2015 12h45
É com profunda lamentação, descrença e até mesmo tristeza que nós, servidores da Segurança Pública do Estado do Tocantins, deparamos com mais uma atitude truculenta, intimidatória e ameaçadora contra um servidor público deste Estado.
O alvo não é um policia civil que, junto conosco, está há 17 dias está numa luta justa pelo simples CUMPRIMENTO DE UMA LEI. O alvo desta vez é um policial militar, um servidor da Segurança Pública do Estado do Tocantins como todos nós.
O segundo sargento Jenilson Alves de Cirqueira é alvo de uma sindicância do comando da PM-TO pelo fato de expressar seu descontentamento com os últimos acontecimentos no Estado e o tratamento do governo para com os seus trabalhadores.
Trata-se, para nós servidores da SSP, uma atitude que visa intimidar, perseguir e coibir a liberdade de expressão, um direito conquistado democraticamente através de anos de luta em nosso país.
Nós, que orgulhosamente empunhamos a bandeira e levamos conosco no peito o brasão-símbolo da Polícia Civil do Tocantins, nos solidarizamos com este membro da co-irmã, a gloriosa Polícia Militar deste Estado.
Que este e outros guerreiros que até o final deste movimento venham a ser alvo de atitudes truculentas como essa tenham o tranquilidade e confiem na Justiça divina e a dos homens de bem.
Nós, enquanto representantes de uma categoria, iremos acompanhar e esperamos que, no mínimo, o guerreiro da PM e outros que vierem a sofrer tais ameaças tenham o amplo direito de defesa e, acima de tudo, não sejam punidos por ter a coragem, bravura de expressar aquilo que sentem na pele, a desvalorização de uma classe.
As queixas, lamentações do sargento Jonilson, como a de muitos outros que sofrem calados temendo represália, são, na verdade, desabafo de qualquer trabalhador deste Estado e país, quem acorda de manhã e antes de sair de casa dá e recebe o carinho de sua esposa, seus filhos, seus pais...
Entretanto, nós, da segurança pública, respeitosamente e sem desmerecer qualquer outra profissão digna e honrosa, saímos de casa sem a certeza do que virá, do que encontraremos nas ruas por atuar na defesa da paz social e segurança dos cidadãos.
Os comandantes e aqueles que dão as ordens para tais medidas e iniciativas como essa contra o guerreiro Jonilson deveriam ter consciência disso, pois a população do Tocantins tem em mente que o servidor da segurança precisa ser valorizado e atendido num único e simples pleito: CUMPRIMENTO DE UMA LEI.
Ao contrário de se colocar à disposição para negociar, de fato, propostas que atendam os anseios da categoria, que cobra apenas cobra um direito adquirido.
Esta, entretanto, é mais uma medida que temos de lamentar profundamente, entre outras dos últimos dias. Ao contrário de sentar à mesa para negociar, o governo recorre à Justiça para intimidar os servidores. Ameaça retirar as armas dos servidores, que atuam na segurança e precisam de suas armas para se defender no dia-a-dia. ao invés de apresentar propostas e meios que possam resolver pacificamente a questão, tenta por frente-a-frente aos policiais civis os valoros policiais militares, que são servidores do Estado como todos nós.
Esperamos do governo do Estado que tem à frente hoje um gestor que ficou conhecido por empreender um governo "humano, moderno e democrático" se lembre que isto não foi apenas um slogan, mas sim uma marca de seu governo, assimilada e que a população tocantinense acreditou. Tanto acreditou que lhe garantiu o direito de retornar ao segundo andar do Palácio Araguaia.
Palmas, 14 de março de 2015
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